Alberto da Veiga Guignard nasceu em Nova Friburgo (RJ) em 1896. Em 1917 ingressa na Real Academia de Belas Artes, em Munique, Alemanha, onde estuda com o pintor Hermann Groeber e com o artista gráfico e ilustrador Adolph Hengeleer,do grupo Sezession.
Em 1918 reside na casa de campo de sua mãe, em Grasse, França, seguindo para a Suíça e Itália, onde toma conhecimento da moderna arte européia. Retorna ao Brasil em 1929, após morar em Florença, e trabalha como pintor e desenhista na Fundação Osório, no Rio de Janeiro.
Transfere-se para Minas Gerais em 1944, a convite do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, para dirigir a Escola de Artes de Belo Horizonte, hoje Escola Guignard. Em torno do artista se agrupa a juventude mineira interessada na arte moderna. Por falta de espaço adequado, o curso funcionou em regime de ateliê livre, no Parque Municipal, num ambiente propício à criação.
Em 1944, é designado para organizar a Exposição de Arte Moderna e BH, durante um mês, debate e respira arte. A presença de Guignard em Belo Horizonte inspira subversão à ordem. O Parque Municipal torna-se pátio de discussões livres e as novas orientações artísticas causam espanto ao acanhado ambiente local. Quadros de seus alunos chegaram a ser destruídos durante uma mostra coletiva.
Ao registrar as paisagens bucólicas da vida mineira, Guignard recria a aura religiosa e saudosista que envolve as montanhas das cidades barrocas. Vivendo em Ouro Preto entre 1961 e 1962, intensificam-se seus registros da cidade. Morreu em 1962 e seu corpo está enterrado na Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.
Em 1987 Ouro Preto criou o museu Casa Guignard, onde estão algumas de suas obras mais importantes.