Fonte: saobernardodocampo.info

9ebefaab98683036e0d144ee052cfd29 b7720

Em filmes é lindo. A cena de um artista plástico que realiza a grande obra da vida após uma inspiração arrebatadora é conhecida e está no imaginário coletivo. De fato, a criatividade e as emoções cumprem um papel importantíssimo na produção de artistas em geral, mas é só que conta? Não.

A transição de um artista plástico amador para o profissional exige que alguns itens sejam pensados em diversos momentos da carreira. E para auxiliá-los, muitos buscam a representação em um espaço para que haja o impulsionamento de seus nomes no mercado em que atuam.

Segundo Thomaz Pacheco, galerista da OMA| Galeria, espaço que conta com sete artistas representados (Andrey Rossi, Daniel Melim, Elen Gruber, Giovani Caramello, Nario Barbosa, RIEN, Thiago Toes), o talento é fundamental, mas assim como em qualquer profissão, é necessário capacitação e assertividade. “Todos buscam muitas referências em outros nomes do meio artístico, em livros, exposições e por aí vai. A lista é infinita. Além disso, se dividem entre aqueles que vem do meio acadêmico e os que não seguem esse caminho mais formal. Mas todos, sem exceção, precisam de muita dedicação e escolhas pensadas, que muitas vezes vem com a ajuda dos outros profissionais do circuito – como Galeristas, Curadores, Críticos. Isso acaba acelerando os resultados a longo prazo. Acredito que o mix de diversos itens mais uma pitada de sorte é o que configura o seu sucesso”, comenta.

Entender o mercado de arte também é apontado pelo galerista como algo fundamental. “Na OMA, traçamos estratégias em conjunto que atendem às necessidades e que impulsionam a carreira de cada um. As participações em feiras, inscrições em editais, institucionalização da obra, mostras coletivas em outros espaços, por exemplo, compõem e auxiliam os próximos passos. Ou seja, há um planejamento que tende a ser flexível. O resultado positivo, ou não, depende de diversos fatores e também pode determinar alterações no plano inicial, é preciso estar constantemente medindo os resultados e aferindo o nosso ‘norte’ ”, explica.

Além destes tópicos, cálculos complexos também fazem parte da rotina e determinam o valor que o consumidor vai investir em uma obra.