Glossário da arte

Procuramos reunir aqui os termos mais comuns do universo das artes plásticas. Se você tiver alguma sugestão, por favor, entre em contato.

Pesquisar termos do glossário (expressão regular permitida)
Começar com Contém Termo exatoSoa como
Termo Definição
4ª. Sonderbund

De 25 de maio a 30 de setembro de 1912, na cidade de Colônia, Alemanha, foi montada a última grande exposição retrospectiva de Arte Moderna, organizada por particulares e apresentada ao público de maneira ordenada e didática. Reunia obras de artistas modernos europeus, principalmente franceses e alemães, como Van Gogh, Cézanne, Gauguin, Matisse, Picasso, Braque e Mondrian, entre outros.

Abstracionismo

Arte que não imita ou representa diretamente a realidade, baseando-se na convicção de que a forma tem seu valor intrínseco.

Acrílica, Pintura

Aquela que emprega pigmentos sintéticos obtidos a partir do àcido acrílico. São pinturas de uso industrial que permitem acabamentos de extrema lisura e grande resistência, ao mesmo tempo que oferecem cores brilhantes e luminosas. É também grande a sua inalterabilidade com o passar do tempo.

Muitas delas empregam água como dissolvente. Seu uso em obras de arte é um fenômeno relativamente recente, propiciado não só por suas qualidades intrínsecas, como também e principalmente pelas tendências artísticas da pop art.

Aerografia

O aerógrafo, para quem não conhece, é aquela "caneta" que aplica tintas líquidas (na forma de spray), utilizando ar comprimido. Ele foi criado, destacam alguns, pelos "homens das cavernas", quando mastigaram alguma planta colorida e sopraram o caldo por um tubo nas paredes da caverna, utilizando as mãos como stencil (molde vazado). Entretanto, os primeiros aerógrafos patenteados foram fabricados nos Estados Unidos, por volta de 1890.

Foi desenvolvido inicialmente para retocar fotografias, cujo trabalho era difícil de ser executado com pincéis tradicionais. Daí, a criação de um "pincel de ar" (air brush, em inglês) para substitur os esfuminhos, algodões, entre outros, que tentavam reproduzir os meios tons e os degradês da imagem fotográfica.

Você pode estar se perguntando: como pode alguma coisa inventada há mais de 100 anos não só continuar atual como também ser uma novidade para a grande maioria? A resposta tem relação com os equipamentos necessários. Quando se fala em compressor, quase sempre é o mesmo que falar em uma máquina pesada e em muito barulho, o que nos faz imaginar uma borracharia, por exemplo.

No exterior, a situação é bem diferente. Compressores portáteis e silenciosos permitem que se pinte em público, em shopping centers, nos mais diversos tipos de eventos, aproveitando uma das principais e mais interessantes características desta técnica: a capacidade de atrair a atenção das pessoas, quase hipnotizando-as, quer pelos belos efeitos obtidos com muito mais facilidade e rapidez que os pincéis tradicionais, quer pelo fato da tinta secar quase que instantaneamente, permitindo personalizar os mais diversos tipos de peças ao vivo e na hora, criando o desejo em quem observa.

É fácil notar o potencial desta situação: camisetas aerografadas na hora, personalização de bonecas de tecido, quadrinhos com nomes, pintura de paredes em quartos infantis, aerografia em objetos de madeira, em porcelana fria e sobre uma infinidade de outros materiais, já que outra das características mais interessantes da aerografia é permitir que o trabalho de pintura seja feito com a mesma rapidez e perfeição sobre os mais diferentes materiais – irregulares como uma toalha, lisos como madeira lixada, tridimensionais como uma escultura detalhada em biscuit, dentre outros.

O fato de surgirem equipamentos nacionais muito mais silenciosos e portáteis, voltados especificamente para a aerografia artística, permitindo aos inúmeros artistas e artesãos brasileiros fazer de seu talento um negócio lucrativo e eficiente, tem modificado este quadro antigo, onde os jovens com habilidades de desenho ou pintura geralmente tinham que deixar de desenvolver suas melhores habilidades para se encaixar num emprego tradicional.

Conheci a aerografia numa viagem aos Estados Unidos há vinte anos e nunca mais deixei de aerografar. Comecei com papel, depois passei para o tecido, madeira, metal, plástico, couro, pintei camisetas em feiras de artesanato, bonés e camisetas em eventos, fiz ilustrações, design de embalagens, design de sites e outros rabiscos. Mas o que eu mais gosto mesmo é de pintar ao vivo com meus aerógrafos.

Existem diversas áreas a serem exploradas pelo aerógrafo, como parques temáticos, buffets, festas, convenções, feiras de negócios, lojas em shopping centers, lugares onde a capacidade de atrair a atenção é um trunfo poderoso, podendo gerar ótimos resultados para o artista e para quem o contrata.

Todas as alegrias que a aerografia tem me proporcionado se ligam de forma estreita com as demonstrações e as apresentações ao vivo, com muitas pessoas ao redor.

Estas são algumas dicas, as quais desejo que tragam a todos o mesmo retorno que tenho obtido.

Aeropintura

Técnica pictórica que se baseia na aplicação das cores projetando-as sobre as superfícies a serem pintadas através de um jato de ar comprimido. Esta técnica já foi empregada pelos artistas do Paleolítico nas pinturas rupestres, utilizando um tubo ou cânula por onde sopravam uma determinada quantidade de tinta. Modernamente é utilizado o aerógrafo ou pistola de ar comprimido.

Aglutinante

Substância empregada na pintura para dar coesão aos pigmentos, de forma que resulte factível sua aplicação sobre a superfície a ser pintada. Utiliza-se para este efeito substâncias tais como ceras, gomas, caseína, gema de ovo, azeites, etc.

Aguaço

Pintura feita com cores diluídas na água e aplicada sobre papel ou tela. Diferencia-se da aquarela pelo fato de que os brancos são colocados com o pincel.

Aguada

Técnica pictórica que emprega cores diluídas apenas em água ou em água com certas substâncias como mel, goma, etc. Este termo também é aplicado à obra realizada com dita técnica. Modernamente o galicismo guache é utilizado para nomear a técnica da aguada.

Análogas, Cores

A mistura gradativa entre as cores do círculo cromático é um matiz gradativo, um “degradê” que forma uma escala entre duas cores. Essa variação também é conhecida como matiz e, quando é feita entre uma cor primária e uma secundária que sejam vizinhas no círculo cromático, forma uma escala de cores análogas. Analogia significa semelhança. As cores análogas são semelhantes em sua composição.

Anamórfica

Imagem ou figura que é representada distorcida para que, ao ser contemplada desde determinado ângulo ou ponto de vista, resulte correta em suas proporções. Corrige assim os inevitáveis achatamentos das pinturas situadas a grande altura numa parede ou as deformações realizadas em superfícies curvas, como abóbadas.

Apontamento

Desenho de apontamentos para a composição de um quadro. Também, em muitas ocasiões, desenho feito rapidamente do natural, onde se perfilarão posteriormente os detalhes.

Aquarela

Técnica pictórica que emprega corantes dissolvidos na água, transparentes, cuja luminosidade é dada pelo branco da superfície do suporte, habitualmente papel, mas também cartão ou madeira. A assim definida é a denominada aquarela transparente ou a aquarela propriamente dita. Se as cores são opacas - nesse caso requer também o branco como cor, devemos falar mais precisamente de aguada ou guache (v.). Existem técnicas mistas que conseguem resultados excelentes. A técnica de aquarela exige rapidez, segurança e expontaneidade por parte do artista, dado que não é suscetível de arrependimentos (v.) ou correções.

Armory Show

Nome dado ao evento que, oficialmente chamou-se Exposição Internacional de Arte Moderna, ocorrido de 17 de fevereiro a 15 de março de 1913, na cidade de Nova York, nos EUA. Contou com o apoio da Associação de Pintores e Escultores Norte-americanos, fundada por Robert Henri. Pela primeira vez o público norte-americano teve contato com a Arte Moderna.

Arrependimento

Dá-se este nome às mudanças introduzidas pelo pintor na composição de sua obra, que se advertem ao estudar o processo de sua realização. Em alguns casos, o passar do tempo fez com que se manifestassem espontaneamente essas correções invisíveis dos elementos corrigidos quando o artista considerou acabada sua obra, mas apreciáveis depois. Em outros, essas correções foram apreciadas ao se restaurar uma determinada obra. E, modernamente, existem técnicas que permitem realizar o exame de uma obra em suas diferentes camadas, sem de modo algum alterar sua estrutura.

Bambochata

Quadro de gênero que representa cenas de bebedeira ou de festins grotescos.