Aerografia
Termo | Definição |
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Aerografia | O aerógrafo, para quem não conhece, é aquela "caneta" que aplica tintas líquidas (na forma de spray), utilizando ar comprimido. Ele foi criado, destacam alguns, pelos "homens das cavernas", quando mastigaram alguma planta colorida e sopraram o caldo por um tubo nas paredes da caverna, utilizando as mãos como stencil (molde vazado). Entretanto, os primeiros aerógrafos patenteados foram fabricados nos Estados Unidos, por volta de 1890. Foi desenvolvido inicialmente para retocar fotografias, cujo trabalho era difícil de ser executado com pincéis tradicionais. Daí, a criação de um "pincel de ar" (air brush, em inglês) para substitur os esfuminhos, algodões, entre outros, que tentavam reproduzir os meios tons e os degradês da imagem fotográfica. Você pode estar se perguntando: como pode alguma coisa inventada há mais de 100 anos não só continuar atual como também ser uma novidade para a grande maioria? A resposta tem relação com os equipamentos necessários. Quando se fala em compressor, quase sempre é o mesmo que falar em uma máquina pesada e em muito barulho, o que nos faz imaginar uma borracharia, por exemplo. No exterior, a situação é bem diferente. Compressores portáteis e silenciosos permitem que se pinte em público, em shopping centers, nos mais diversos tipos de eventos, aproveitando uma das principais e mais interessantes características desta técnica: a capacidade de atrair a atenção das pessoas, quase hipnotizando-as, quer pelos belos efeitos obtidos com muito mais facilidade e rapidez que os pincéis tradicionais, quer pelo fato da tinta secar quase que instantaneamente, permitindo personalizar os mais diversos tipos de peças ao vivo e na hora, criando o desejo em quem observa. É fácil notar o potencial desta situação: camisetas aerografadas na hora, personalização de bonecas de tecido, quadrinhos com nomes, pintura de paredes em quartos infantis, aerografia em objetos de madeira, em porcelana fria e sobre uma infinidade de outros materiais, já que outra das características mais interessantes da aerografia é permitir que o trabalho de pintura seja feito com a mesma rapidez e perfeição sobre os mais diferentes materiais – irregulares como uma toalha, lisos como madeira lixada, tridimensionais como uma escultura detalhada em biscuit, dentre outros. O fato de surgirem equipamentos nacionais muito mais silenciosos e portáteis, voltados especificamente para a aerografia artística, permitindo aos inúmeros artistas e artesãos brasileiros fazer de seu talento um negócio lucrativo e eficiente, tem modificado este quadro antigo, onde os jovens com habilidades de desenho ou pintura geralmente tinham que deixar de desenvolver suas melhores habilidades para se encaixar num emprego tradicional. Conheci a aerografia numa viagem aos Estados Unidos há vinte anos e nunca mais deixei de aerografar. Comecei com papel, depois passei para o tecido, madeira, metal, plástico, couro, pintei camisetas em feiras de artesanato, bonés e camisetas em eventos, fiz ilustrações, design de embalagens, design de sites e outros rabiscos. Mas o que eu mais gosto mesmo é de pintar ao vivo com meus aerógrafos. Existem diversas áreas a serem exploradas pelo aerógrafo, como parques temáticos, buffets, festas, convenções, feiras de negócios, lojas em shopping centers, lugares onde a capacidade de atrair a atenção é um trunfo poderoso, podendo gerar ótimos resultados para o artista e para quem o contrata. Todas as alegrias que a aerografia tem me proporcionado se ligam de forma estreita com as demonstrações e as apresentações ao vivo, com muitas pessoas ao redor. Estas são algumas dicas, as quais desejo que tragam a todos o mesmo retorno que tenho obtido. |