Glossário da arte

Armação de ripas de madeira ou varetas metálicas onde se tende e se fixa a tela a ser pintada.

Casa do bairro parisiense de Montmartre cujos locais foram utilizados, entre 1909 e 1914, como estúdios-vivenda por numerosos artistas, entre os quais se encontravam alguns dos mais destacados do momento. Os primeiros que ali se instalaram foram o holandês nacionalizado francês Kees Van Dongen (1877 – 1968) e Pablo Picasso (1881 – 1973), seguindo-lhes depois outros como Juan Gris, Braque, Modigliani, Matisse, etc.

Técnica pictórica e decorativa para papéis e tecidos que consiste na aplicação da cor em forma escalonada, utilizando cera para proteger aquelas zonas que devem recebê-la ou que já receberam o que lhes corresponde. Uma vez aplicadas todas as cores, a cera é derretida, com o que a decoração toma um característico aspecto de fendas. Esta técnica é originária da Indonésia, onde se emprega predominantemente para o estampado têxtil.

Nome genérico que se dá às cópias manuscritas e maneadas, realizadas durante a Idade Média dos “Comentários ao Apocalipse” escritos por Beato de Liebana no século VIII. As visões do texto sagrado supunham um grande desafio para a imaginação dos miniaturistas, razão pela qual não é de se estranhar que nestes códices se encontrem algumas das mais belas obras da pintura medieval.

Quadro do gênero que representa um lugar cheio de árvores e matagais, às vezes com algumas figuras de animais.

Palavra italiana que designa, referindo-se aos artistas dos séculos XIV ao XVII, o ateliê de um mestre com o conjunto de discípulos que nele o ajudavam.

Determinada classe ou qualidade de papel de desenho.

Quadro de gênero que representa construções rústicas com pastores e gado doméstico.

Técnica pictórica que consiste em transferir imagens pintadas de um suporte a outro por pressão ou decalque. Tal como foi desenvolvida por alguns pintores surrealistas, consistia em distribuir a pintura irregularmente sobre uma folha de papel e aplicar depois sobre esta, outra folha em branco, sendo a pintura que se aderia à última o resultado procurado, fruto de certo modo do acaso, pois o artista não podia prevê-lo de antemão.

Diz-se do colorido em que predominam tons dourados e avermelhados, bem como daquelas cores que se matizam com ditos tons.

Cor de base sobre a qual se pinta uma figura.

Representação humorística de pessoas, fatos, situações etc... na qual certas particularidades ou traços são acentuados ou até mesmo exagerados.

Termo utilizado quase sempre no plural para se referir às partes de um quadro que representam a figura humana nua, isto é, a carne e sua particular cor.

Desenho sobre papel, colorido ou não, realizado como modelo de uma pintura, mosaico, tapete ou vitral, no mesmo tamanho que terão, para servir de guia ao artesão que deverá executá-los. Por extensão, se dá esse nome às obras pintadas sobre tela como modelo para tapetes.

Palito para desenhar, de madeira carbonizada – brejo ou salgueiro geralmente -, que deixa um traço preto facilmente de ser apagado e ao mesmo tempo permite, muito melhor que o lápis, valorizar o traço. Por extensão, o desenho assim realizado se denomina também carvão.