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RIO – Quem visitou a Caixa Cultural nos últimos dias certamente se encantou com as obras de Picasso. Em cartaz desde o dia 13, a mostra “Picasso: mão erudita, olho selvagem”, dedicada ao artista espanhol, um dos maiores nomes do século XX, traz 138 itens de sua autoria, entre telas, desenhos, guaches, esculturas, cerâmicas e fotografias. Mas você já parou para pensar como essas obras, algumas de valor inestimável, chegaram até o Brasil? Conversamos com Vitoria Arruda, diretora de produção do Instituto Tomie Ohtake, para entender como funciona a logística e o processo de montagem, complicadíssimos, para se realizar uma mostra como essa.

ARMAZENAMENTO

O procedimento seguiu os padrões de grandes mostras internacionais. Para proteger as obras, delicadíssimas, são usadas caixas especiais, com revestimento triplo e proteção de espuma na parte interna, próprias para amortecer o impacto do transporte terrestre e turbulências dos voos. As caixas, claro, não têm nenhum tipo de identificação especial.

LOGÍSTICA I

Por questões de segurança (imagina se um avião cai?) as obras não podem viajar juntas. Nesse caso, os 138 itens vieram quatro voos diferentes, sendo dois em aviões de carga e dois em aviões comerciais, seguindo a recomendação da seguradora. A divisão de obras é estabelecida pelo museu em função dos valores de cada uma, formando um mix entre eles.

AS OBRAS TÊM ‘BABÁS’

As obras são acompanhadas por couriers. Eles fazem laudos de seus estados, supervisionam a embalagem, o carregamento em pallets superprotegidos nos aviões (feitos por uma equipe especial, com muito mais jeitinho do que a gente vê no dia a dia), o transporte (sim, eles viajam junto, o desembarque, a liberação e o transporte até o local da mostra.