fluxus (1962-1973)
O Fluxus foi um grupo de artistas de várias nacionalidades que colaboravam entre si na Europa, EUA e Japão durante a década de 60. Estruturado ao redor da figura de George Maciunas; um artista lituanês, radicado nos Estados Unidos, o Fluxus desenvolveu uma atuação social e política radical que contestava o sistema museológico através de performances, filmes e de suas publicações (Editora Fluxus Inc).
O termo ‘Fluxus’ foi originalmente criado, por Maciunas, para ser o título de uma revista que teria com objetivo publicar textos dos artistas da vanguarda, muitos dos quais tiveram seus trabalhos apresentados, entre 1960 e 1961, no estúdio de Yoko Ono e na AG Gallery de Maciunas, ambas em Nova York. Todavia, ‘Fluxus’ passou a designar e caracterizar um série de performances organizadas por Maciunas na Europa durante três anos (1960-1963).
Essa apresentações foram prolongadas tornando-se festivais – Festum Fluxorum – que percorreram várias cidades como Copenhague, Paris, Düsseldorf, Amsterdã e Nice.
As performances e happenings realizados pelo grupo, bem como suas publicações, e vídeos tiveram um profundo impacto nas artes das décadas de 60 e 70 a partir de sua postura radical e subversiva – ainda que raramente política – na medida em que trabalhava com o efêmero, misturando arte e cotidiano, visando destruir conven ções e valorizar a criação coletiva.
O grupo marcou um momento de experimentação comum entre artistas da Europa e América do Norte, possibilitando a afirmação da idéia de coletividade como distintiva das proposições artísticas posteriores.