O que se espera depois de uma estação fosca.
O que sonha o passarinho
atrás da chuva de espera,
penas tão molhadas,
medo nos olhos;
Passáros são criaturas frágeis:
pedras ferem,
tombos ferem,
asas quebradas doem.
Mas o azul redime e seca as penas,
traz um sol de reboque.
É o sossego morando o dia,
pintando a água, fundo em cor
de todo bom momento.
Azul é esse julho
de chumbo, ar e fumaça.
Calor dos corpos desafiando o ar em densidade.
Mês insolente,
num país de trópicos.
Azul é o amor que chega ao fim da puberdade.