De recesso, galeria francesa cedeu obras de alguns dos maiores artistas da história para uma exposição no MAM da Bahia
Salvador - O que fazer com pinturas de gênios como Picasso, Dalí, Monet e Gauguin quando uma grande galeria de arte francesa entra em recesso? O diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), Heitor Reis, fez aos diretores da Cezeau-Béraudière a proposta de expor as obras em Salvador e foi atendido. Contou com o apoio do principal restaurador da Cezeau-Béraudière, o paraibano Flávio Capitulino, que selecionou as 49 obras para a exposição no MAM.
Essa é em resumo a história da Mestres da Arte Universal, a mais expressiva exposição de pintura realizada na Bahia nos últimos anos, inaugurada na sexta-feira, e que não visitará outras capitais brasileiras. "Nossa idéia foi mostrar obras importantes de artistas relevantes que só quem viaja consegue ver", disse Reis, informando que o museu não cobrará ingressos do público.
As 49 obras estão seguradas em R$ 50 milhões, mas o MAM não gastou quase nada para organizar a exposição, pois contou com o apoio da Embaixada da França e da Varig, que fez o transporte. O museu reforçou o seu sistema de vigilância por causa da importância e o valor das obras expostas e se responsabilizou pela impressão dos catálogos da mostra.
Há pelo menos cinco anos Reis tenta trazer a exposição para Salvador. São seis quadros de Salvador Dalí sobre o tema figurinos de balé, produzidos na década de 1940; quatro de Picasso; dois de Marc Chagall; além de obras de Modigliani, Claude Monet, Paul Gauguin, Juan Miró, Henri Matisse, Georges Braque e 18 trabalhos de artistas menos conhecidos no Brasil, como Jean Dubuffet, Maurice de Vlaminck e Andre Masson.
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