Pinacoteca lança seu Programa Educativo para Públicos Especiais defendendo a necessidade de tornar os acervos dos museus cada vez mais acessíveis ao público.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo lançou nesta segunda feira, 25 de agosto, seu novo programa educativo voltado para os chamados públicos especiais. Pensando em incluir as pessoas com deficiência visual, física, auditiva e mental, idosos e doentes mentais nas atividades do museu que o seu núcleo de ação educativa desenvolveu um programa especial de visitação.
O Programa Educativo para Públicos Especiais defende a necessidade de tornar os acervos cada vez mais acessíveis ao público. O programa "já carinhosamente chamado de Pepe", conforme revelou diretor da Pinacoteca, Marcelo Araújo, foi desenvolvido por uma equipe de quatro profissionais de ensino da arte na inclusão: a arte-educadora e museóloga Amanda Tojal - que coordena o projeto -; a educadora Margarete de Oliveira; o artista plástico e arte-educador Alfonso Ballestero - que fez as reproduções em relevo e decodificou as obras - ; e a designer Dayse Tarricone.
Os grupos serão levados a percorrer o 2.º andar do prédio que reúne cerca de mil obras do acervo permanente da Pinacoteca. Para o início do projeto, foram selecionadas 40 obras que serão apresentados por meio de recursos de apoio que exploram outros sentidos além do visual, tais como o tátil, olfativo, sonoro e cinestésico. Dentre estes recursos foram desenvolvidas reproduções com relevo em borracha e em resina e também jogos sensoriais, que de forma lúdica e participativa, ajudam na compreensão de conceitos próprios das artes.
"Foram escolhidas duas obras mais conhecidas de cada galeria", disse Amanda Tojal. Um grupo de 20 esculturas estarão em seu estado original e poderão ser tocadas pelo público e outras 20 obras, que não podem ser tocadas, foram trabalhadas com relevos, que serão levados em carrinhos e apresentados aos visitantes junto do original. Portanto, não haverá mudanças no acervo. Outro ponto do programa é a doação de catálogos com textos e imagens em tinta e braile.
Marcelo Araújo ressaltou a importância da parceria entre a instituição publica e a iniciativa privada. Foi com o patrocínio da Visanet que, desde abril, o projeto está sendo desenvolvido. A empresa é uma das parceiras da Pinacoteca e disponibilizou um montante de R$ 1 milhão para todo o ano.
As visitas devem ser agendadas e existe a possibilidade de se criar parcerias com hospitais, terapeutas e instituições que atendam esse público especial. Serão promovidos cursos de arte-educação também. A primeira turma já está agendada em parceria com o Programa de Projetos Especiais da Secretaria da Cultura que promove oficinas inclusivas. Segundo seu coordenador, Guilherme Bara, todos os arte-educadores do programa farão o curso para depois acompanhar seu alunos a visitas.
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz nº 2
Aberta de terça a domingo das 10h às 18h
Aos sábados entrada gratuita
O agendamento de visitas monitoradas pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 10 às 17 horas, pelos telefones (11) 3313-4396 e 227-1655, com Valdir.