Cristiane Carbone retrata pontos históricos de Mauá em exposição na Pinacoteca Municipal
A artista plástica Cristiane Carbone inaugura, hoje, em 8 de dezembro, na Pinacoteca Municipal que fica no Teatro Municipal de Mauá, a exposição Retrato Mauá – Arte & História sobre o patrimônio cultural material da cidade. A exposição ficará aberta para visitação seguindo os protocolos sanitários de 9 de dezembro a 10 de janeiro de 2021.
A artista plástica Cristiane Carbone inaugura, em 8 de dezembro, a exposição Retrato Mauá – Arte & História, projeto de sua autoria que integra artes visuais, história e educação patrimonial. O evento, que acontece na Pinacoteca Municipal, foi idealizado pela artista para as comemorações de aniversário da cidade, que completa 66 anos no dia da abertura da exposição. O vernissage não será aberto ao público por conta das novas restrições sanitárias, mas será gravado e publicado nas redes sociais da artista. Contará com a colaboração do músico Pedro Avanço e de poetas de Mauá que farão participações especiais gravadas em homenagem ao município. A exposição permanecerá aberta para visitação até o dia 10 de janeiro de 2021, de terça-feira à domingo, das 9 horas às 17 horas, seguindo os protocolos sanitários de distanciamento social e limite de aglomeração de pessoas no espaço.
Carbone vai expor 22 obras que retratam o Patrimônio Cultural Material de Mauá e sua história, sendo 13 quadros em óleo sobre tela e 9 pinturas em aquarela de locais como o Museu Barão de Mauá, a Capela da Santa Casa, a Paineira histórica localizada na região central da cidade, o Cruzeiro de Pedra, o Marco de Pedra 1925, a Chaminé do Curtume, todos de grande valor histórico para os mauaenses, além de espaços e equipamentos públicos conhecidos como o Teatro Municipal, a Câmara Municipal, a Pinacoteca de Mauá e a Gruta de Santa Luzia entre outros locais.
O objetivo da artista com a exposição, além de valorizar o patrimônio cultural e material local, é despertar o senso de pertencimento dos munícipes em relação à história de Mauá. “Quando eu pensei no projeto, quis trazer para minha cidade o olhar que eu tenho sobre o patrimônio histórico, arquitetônico e natural nas artes plásticas e que desenvolvo em todo o país”, explica.
Carbone conta que estava entre os objetivos do projeto atuar com as escolas em visitação à exposição, mas por conta da pandemia a artista vai apostar nas atividades virtuais para que não haja aglomerações no espaço. “Decidimos fazer um vernissage diferente, gravado, onde eu vou explicar a importância do local histórico de cada obra retratada”, destaca. A abertura ficará nas redes sociais da artista – Facebook: @criscarbone; Instagram: @criscarboneoficial – para quem quiser conhecer a exposição sem precisar ir até a Pinacoteca Municipal.
Alguns trabalhos presentes na exposição serão reproduzidos no formato de cartão postal para ser distribuído aos visitantes. A exposição Retrato Mauá – Arte & História é um projeto contemplado pelo Programa de Ação Cultural (PROAC) com realização da Prefeitura de Mauá e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Entrada: gratuita
Abertura: 8 de dezembro.
Visitação: 9 de dezembro 2020 a 10 de janeiro de 2021
Local: Pinacoteca/Teatro Municipal de Mauá
Horário: Terça-feira a domingo, das 9h às 17h
Endereço: Rua Gabriel Marques, 353, Vila Noemia, Mauá/SP.
Telefone: (11) 4512-7480
Instagram da artista: @cristianecarboneoficial
Facebook da artista: @criscarbone
Mais Informações:
Cristiane Carbone 11 99564-1026
Carlos Rizzo (assessoria de imprensa) 11 97690-3513
Sobre Cristiane Carbone
Nasceu em Santo André/SP, e é moradora de Mauá/SP desde 1977. Envolveu-se com a arte aos 7 anos de idade e passou a dedicar-se inteiramente às artes plásticas a partir de 1994, quando teve aulas de pintura a óleo sobre tela. Realizou sua primeira exposição na cidade de Mauá em março de 1995, na agência Nossa Caixa Nosso Banco, realizando posteriormente exposições na Casa de Cultura e Museu Barão de Mauá e no Teatro Municipal de Mauá.
Em 1997, fez curso de aperfeiçoamento em pintura com o professor Euclides Rios. Criou e desenvolveu o projeto Arte na Fábrica, na empresa Ford do Brasil. Licenciada em Artes pelo Centro Universitário Claretiano, a artista desenvolveu o projeto Tributo a São Paulo nos 450 anos da cidade de São Paulo e apresentou a exposição no Pateo do Collegio, no aniversário da cidade em 2005 e 2006. Também expôs na Assembleia Legislativa de São Paulo e na Câmara dos Deputados e Senado Federal, em Brasília.
Tem como característica, realizar trabalhos voltados à valorização e preservação da memória e da história da cidade de São Paulo e do Brasil, e pretende realizar este trabalho de valorização e preservação da história de Mauá.
Além de artista plástica é arte educadora e membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, com atuação relevante na cidade e no estado de São Paulo.
A Pinacoteca Municipal de Mauá, tem no acervo algumas obras da artista que fazem parte do projeto Pátria Amada Brasil, apresentado na Câmara dos Deputados (Brasília) e no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho (Palmas –TO) no ano de 2007, que retratam paisagens das capitais brasileiras.
Sobre os espaços e marcos retratados nas obras
Museu Barão de Mauá
Remanescente do período inicial da ocupação territorial paulista, o Casarão, atual sede do Museu Barão de Mauá, foi construído no decorrer do século XVIII.
Arquitetonicamente, é considerado importante exemplar de Casa Bandeirista. De origem renascentista construída em taipa de pilão, ou seja, terra argilosa socada entre pranches de madeira, que proporciona paredes de até 60 centímetros de espessura.
Com o tempo, foi sede da grande fazenda Bocaina, contígua às fazendas Oratório e Capitão João. Na década de 1939, os sócios Pacheco, Victorino e Schimidt, responsáveis pelo loteamento da fazenda, venderam a casa para Adolpho Augusto Ferreira. Desapropriada, a casa se tornou, em 1982, sede do Museu Barão de Mauá.
Fonte: Willian Puntschart – Mauá Entendo o passado, trabalhando o presente e construindo o futuro
Igreja Matriz Imaculada Conceição
A Igreja Matriz de Mauá foi edificada em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição. Em seu interior encontramos referencias tanto ao processo migratório quanto aos antigos cortadores de pedras, ou canteiros. De um lado o seu revestimento com pedras mineiras e baianas homenageiam os migrantes que aqui se estabeleceram e, de outro, indicam o fazer artístico dos canteiros responsáveis pelo revestimento de todo o interior da igreja.
A atual igreja Matriz de Mauá começou a ser construída em 1928, após d. Maria Queiroz Pedroso doar um terreno à Cúria Metropolitana. A antiga capela foi reformada e ampliada ao longo das décadas seguintes. Após o lançamento da pedra fundamental, em 1944, tornou-se a paróquia em 29 de maio de 1954.
Chaminé do Curtume
Após iniciar as atividades industriais em 1938, o Curtume de Mauá intensificou o seu processo a tal ponto que foi necessária a construção de uma chaminé para dar vazão à fumaça produzida pela caldeira, onde eram tratados os couros. Após falência, com o passar dos anos, restou apenas sua chaminé que fica localizada no entorno do atual shopping.
Praça 22 de Novembro
A Porcelana Mauá extraia argila para fabricar porcelana, onde, hoje é a Praça 22 de Novembro. Por conta dessa extração, formou-se um lago no lugar. Quando já não havia mais argila para ser extraída, os próprios funcionários da Porcelana, aterraram o local onde seria erguida a praça cujo nome é a data do plebiscito que definiu a emancipação da cidade. Projeto de Burle Max, possuía uma fonte luminosa, uma concha acústica, inaugurada em 1960 e o jardim japonês, erguido pela comunidade japonesa, em 1961.
Na década de 1980, foi totalmente derrubada, sendo, por muitos anos, utilizada como estacionamento de veículos.
Em 1998, a nova praça é devolvida à população, porém com novo formato. Atualmente três bancos da antiga Praça, encontram-se no Jardim do Museu Barão de Mauá.
FIEC - Parque das Américas
Inaugurado em 10 de dezembro de 2017 é um importante equipamento que atende a população do Parque das Américas e seu entorno, possui piscina, quadras e outros espaços destinados às práticas esportivas, recreativas e culturais.
Texto: Cecília Camargo
Paineira
A paineira é uma grande árvore da família das bombacáceas, peculiar às matas com flores róseas, altamente ornamentais, e cujos frutos fornecem a paina. É plantada na área próxima aonde funcionava o Grupo Escolar de Mauá, primeira escola pública municipal, inaugurada a 13 de agosto de 1935, que foi demolido em 1978. Só restou a paineira como referência histórica do grupo.
Marco de Pedra 1925
O Marco de 1925 é um importante registro urbanístico no município de Mauá, foi instalado no trecho da estrada que ligava o atual centro de Santo André, então São Bernardo, ao Pilar. A fixação do Marco, em 1925, ocorreu com o intuito do prolongamento desse caminho até Ribeirão Pires.
Localizado na Avenida Capitão João, s/n, em frente à Praça Conde Francisco Matarazzo, em estrutura de pedra, provavelmente granito Mauá, com aparência de uma lápide, sua parte superior é arredondada, com frisos no entorno, na parte de frente para a rua, está lapidada a inscrição “1925”.
Teatro Municipal de Mauá
Arquitetonicamente, o edifício de linguagem pavilhonar caracteriza-se pelo desenho geométrico baseado em dois triângulos.
Inaugurado em 10 de dezembro de 2001, seguindo o projeto assinado pelo arquiteto Rafael Perrone, em parceria com o cenógrafo J. C. Serroni, o Teatro Municipal de Mauá é um marco na cidade, criado justamente para suprir a necessidade de desenvolvimento cultural mauaense e de toda a região, oferecendo um espaço digno para que a população tivesse fácil acesso a atividades culturais como a música, a dança e as artes cênicas.
Cruzeiro Sagrado Coração de Jesus
Inaugurado em 3 de maio de 1959, na atual Vila Independência, o Cruzeiro Sagrado Coração de Jesus, diferentemente de outros bens culturais existentes na cidade, tem sua história registrada. Isso devido à iniciativa de Geraldo Rosa da Silva, autor do livro que conta a história da construção do cruzeiro e registra a arrecadação de fundos para sua edificação, atualmente sob a guarda do Museu Barão de Mauá.
De acordo com esse manuscrito, os moradores locais iniciaram os trabalhos, em 1957, objetivando a construção do cruzeiro, pois era iminente a derrubada de outro, para o qual se dirigiam os fiéis no dia de Finados, então localizado na atual rua Caetano Aletto, no Jardim Itapark, devido à ampliação daquela via.
Capela da Santa Casa de Misericórdia de Mauá
A capela Cristo Rei, no interior da Santa Casa de Mauá, abriga 23 afrescos pintados pelo artista romeno Emeric Marcier (1916-1990), refugiado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. As pinturas foram feitas a convite da Juventude Operária Católica e é considerada a Capela Sistina brasileira.
Alguns afrescos são pintados a óleo e outros em têmpera. Os painéis ocupam todas as paredes e o teto da capela, cujo trabalho levou dois anos para ser concluído. Ele começou a pintar a capela em 1943 e no conjunto de afrescos, o artista representou passagens bíblicas, entre elas, a ascensão de Jesus Cristo, a Torre de Babel, os sacrifícios ao bezerro de ouro e a divisão do Mar Vermelho. Marcier dizia que a capela não tinha arquitetura, mas o complexo da Santa Casa é um dos poucos exemplares com influência da arquitetura gótica na cidade de Mauá.
Câmara Municipal de Mauá
A Câmara Municipal de Mauá foi instalada a 1º de janeiro de 1955, às 10 horas da manhã, em prédio próprio localizado à Avenida Barão de Mauá, 158, ao lado da Prefeitura. Em 1957 sua sede foi transferida para o número 23 da mesma avenida e, em 1978, para a Praça 22 de Novembro, número 52.
Entre 09 de julho de 1986 e 31 de julho de 2007, a Câmara municipal teve como sede o prédio localizado na Rua Vitorino Dell' Antonia, 271, onde outrora fora a Biblioteca Municipal, ao lado do antigo Ginásio de Esportes. O imóvel serve atualmente a Faculdade de Mauá (FAMA) que, em parceria com o Poder Executivo, foi responsável pela construção do atual prédio, localizado na Avenida João Ramalho, 305.
A atual sede da Câmara Municipal foi inaugurada em dezembro de 2006. A abertura do espaço para a população ocorreu em 1º de agosto de 2007 e a primeira sessão foi realizada em 07 de agosto do mesmo ano, presidida pelo vereador Alberto Pereira Justino, falecido em abril de 2017.
Edifício sede do projeto “Oficinas Culturais”
Local destinado a cursos de violão, viola caipira, acordeão, teatro, circo grafite, dança do ventre, dança contemporânea, dança de salão, dança de rua, hip-hop, artesanato, artes plásticas e contação de histórias. O espaço ficava na Rua dos Bandeirantes, 611 – Vl. Bocaina – Mauá e atualmente encontra-se localizado na Fábrica de Artes do Parque São Vicente.
Casa do Hip Hop
O Espaço Multiuso – Casa do Hip Hop começou a ser construído em 12 de agosto de 2015, numa área de 1040 m² na Rua David Boscariol, Vila Magini, e conta com duas salas multiuso, auditório e estacionamento.
Apesar do Hip Hop ser a grande atração, especialmente para o público jovem, a programação do Espaço Multiuso contempla ainda aulas de dança, música e artes visuais.
Pinacoteca Municipal de Mauá
A Pinacoteca Municipal de Mauá é responsável pela preservação de aproximadamente 400 obras, entre esculturas, pinturas, desenhos, gravuras e fotografias, além de centenas de documentos, registros históricos e 436 livros de arte disponíveis para consulta no local. Foi criada através do decreto nº 6.501, de 28 de novembro de 2003, e desde então localiza-se numa seção dentro do Teatro Municipal de Mauá. Apresenta exposições temporárias ao longo de todo o ano, além da exposição permanente de obras do acervo que podem ser vistas nas paredes do piso superior do Teatro.
Prefeitura de Mauá
O dia 18 de outubro de 1934 é a data da formação administrativa com a criação do Distrito de Mauá, pertencente, até então, a São Bernardo. Em 30 de novembro de 1938, o distrito foi transferido para Santo André, em virtude de sua emancipação. Por meio do decreto estadual nº 2.456, de 30 de dezembro de 1953, a cidade teve sua própria emancipação. Em 1954, é realizada a primeira eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores, empossados no dia 1º de janeiro de 1955, quando é instalado, oficialmente, o município de Mauá.
Os primeiros empreendimentos na localidade foram um engenho de açúcar, um armazém, o comércio de madeira e as olarias.
A cidade sempre esteve no foco de pessoas empreendedoras, como Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que deu origem ao nome do município: Mauá. Em 1882, ele adquiriu uma fazenda na localidade para acompanhar as obras de construção da ferrovia que atravessaria a Serra do Mar. A região já atraía interesses, no entanto, o impulso veio com a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, em 1887.
A cidade foi capital nacional da porcelana, com inúmeras indústrias cerâmicas e olarias.
Praça do Relógio
Através da Lei 739 de 20 de outubro de 1964 fica estabelecida a Praça 1º de Maio como Marco Zero de Mauá, pelo artigo 4º, assinada pelo então prefeito Edgar Grecco.
O busto do presidente Getúlio Vargas ficava lá por ser a praça do trabalhador. No período da ditadura o busto foi retirado, pois os militares não admitiam homenagem a Getúlio Vargas. Como o monumento foi retirado, colocaram um relógio no lugar.
Fonte: www.mauamemoria.com.br
Gruta de Santa Luzia
O Parque Ecológico da Gruta de Santa Luzia foi criado em 1975, com paisagismo projetado por Burle Marx.
O local abriga várias nascentes, inclusive a do rio Tamanduateí, conhecida por ter poderes curativos. As nascentes estão localizadas em Áreas de Proteção Ambiental (APAs), protegidas por lei federal. Cercado pela Mata Atlântica, o que justifica estar enquadrado como Área Especial de Interesse Ambiental (AEIA), ali também está localizado o viveiro municipal. O Parque está localizado à rua Luzia da Silva Itabaiana, 101 - Jardim Itapeva.
Biblioteca Municipal Cecília Meirelles
A Biblioteca Municipal, foi criada em 1972, com sede em prédio próprio na rua Vitorino Del'Antonia, depois mudou-se para o subsolo do prédio da Prefeitura, para em seguida ser alocada na Av. Rio Branco. Depois disso, já trocou de endereço mais três vezes e hoje está no oitavo andar do prédio da Secretaria de Educação.
Texto: Cecília Camargo