"Maria" reúne textos fundamentais e ensaios fotográficos sobre a trajetória artística da escultora brasileira Maria Martins (1894-1973). Organizado por Charles Cosac, com ensaios de Francis M. Naumann, Dawn Ades, José Resende e Veronica Stigger, o livro recupera grande parte das esculturas da artista. Vicente de Mello, responsável pelo registro fotográfico, percorreu diversas cidades para compô-lo.

Durante a ocupação alemã na Europa, André Breton (1896-1966), Marcel Duchamp (1887-1968) e outros artistas que se refugiaram em Nova York reconheceram a qualidade das formas e dos traços da escultora brasileira como metáfora do automatismo psíquico surrealista. À época, ela vivia com o marido Carlos Martins, diplomata brasileiro, na embaixada brasileira de Washington, nos Estados Unidos.

No final da década de 1940, Maria passou a ser considerada uma das mais importantes escultoras do movimento surrealista. O que chamou a atenção de Breton também foram os temas das primeiras criações da artista, como a natureza, os mitos e lendas da Amazônia registrados de forma moderna. Após a primeira mostra, Maria passou a se dedicar a temas mais introspectivos e vinculados a experiências pessoais.

O volume será lançado pela Cosac Naify em 20 de maio.