Esmerada

 

Esmeralda

Esmerilhava

Maravilhas

A ponta da pua

Ponteava

Entornava

Contornava

Realçava

Num relance

Os detalhes

Dos entalhes

O que via

Não era

O que havia

Mas o que

Haveria de ser

Fechava o sênho

Definia o desenho

Assoprava a poeira

Acumulada na madeira

Às vezes

Parava para apreciar

Depois

Saciava a sede

No embalo do trabalho

Não tinha pressa

A peça podia esperar

Mas era constante

No instante de martelar

As sombras dos sulcos

Sugeriam interferências

Instava

Afastava

A meia distância

O desenho esmaecia

Esmeralda

Rodava em volta

Até ficar meio tonta

Revia então os contornos

Declarava a peça pronta.