A exposição de Carlito Carvalhosa no Palácio da Aclamação é um capítulo do que o diretor de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (Ipac), Daniel Rangel, chama de "levar os baianos à contemporaneidade das artes". O processo foi iniciado em 2007, quando o Museu de Arte Moderna da Bahia passou por reforma, comandada pela curadora de Arte Eletrônica Solange Farkas. "Entre 2007 e 2009, o crescimento de público nos museus de Salvador foi de 260%."
Este ano, a arte contemporânea é a estrela de alguns dos principais museus da cidade. Além da mostra de Carvalhosa, no prédio anexo do Palacete das Artes - no principal, está o Museu Rodin -, Mário Cravo Neto, Tunga, Waltercio Caldas e José Resende, vão exibir esculturas para promover a comparação entre a tridimensionalidade do século 19, de Rodin, e a do século 21.
No ano passado, o governo investiu R$ 1,2 milhão em exposições. Para este ano, deve chegar a R$ 2,5 milhões. O ápice do projeto, porém, deve ser atingido no fim de 2011, com a realização da 1.ª Bienal Internacional de Artes Visuais da Bahia. Devem ser investidos R$ 7,5 milhões em mostras - espera-se que R$ 2,5 milhões venham da iniciativa privada.
"Muitas das ações que estamos realizando nos últimos anos têm como objetivo final a bienal, na qual vamos trabalhar, como tema, com o chamado eixo sul da arte (África, Oriente Médio, Leste Europeu)", admite Rangel. "Ela é fundamental para a gente colocar a Bahia de volta ao mundo, o que não acontece desde o tropicalismo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.