Londres - Com pouco dinheiro para completar os buracos de sua coleção, a Galeria Tate de Londres pediu para grandes artistas doarem algumas obras e recebeu uma promessa de ganhar 23 peças, de nomes como David Hockney, Damien Hirst e Lucien Freud.

 

Anish Kapoor, Antony Gormley e o vencedor do Prêmio Turner Chris Ofili também prometeram obras para a coleção da Tate, disse o diretor da instituição Nicholas Serota.

 

Um número de colecionadores particulares como o lorde Attenborough ofereceram importantes obras britânicas, e um número de membros da galerias conseguiram um milhão de libras para comprar obras de arte.

 

A Galeria Tate possui cerca de 65 mil obras, mas críticos dizem que a coleção está cheia de buracos. O museu argumenta que, enquanto o investimento governamental foi reduzido drasticamente nos últimos 20 anos, os preços do mercado de arte subiram mais de mil vezes.

 

"Nenhum museu pode sobreviver ficando parado", disse Serota. "A coleção fica no centro de tudo o que fazemos. Temos o dever de adquirir trabalhos de artistas vivos, de construir a mais importante coleção da arte britânica no mundo e uma maravilhosa coleção de arte moderna e contemporânea. Temos que ter essa iniciativa para manter nossas coleções públicas ante ao declínio dos recursos públicos".

 

O museu espera receber 100 obras doadas nos próximos dez anos, prometendo que elas serão exibidas por toda a Grã Bretanha.

 

Entre outros artistas que prometeram doar alguns de seus trabalhos estão Frank Auerbach, Anthony Caro, Peter Blake, Paula Rego, Rachel Whiteread e Gilbert e George.

 

Kapoor doou sua escultura Blue Void, de 1990l enquanto Caro vai dar uma de suas peças de mesa dos anos 1960 e Gormley prometeu sua escultura de 1993, Testing A World View.

 

Também será formado um grupo de patrocinadores que querem ajudar na compra de grandes obras de arte que chegarem ao mercado "a curto prazo ou com preços bons". Serota disse que Tate sempre recebe propostas que não pode aceitar por falta de recursos.

 

Em maio, o museu estava desesperado para salvar a obra Study After Velasquez, de Francis Bacon, de ser vendida para o exterior, mas confessou que o valor de US$ 17 milhões estava acima de seus recursos.

 

AE - AP