Amarelo, dizem, é a cor do desespero.
Pois seja.
Um domingo amarelo toma a tarde,
Vento empurra o calor para trás das montanhas;
minha saudade amarela vem por envelope timbrado,
falando da quarta feira
cinzenta das cinzas sopradas sobre a cidade.
Minha alma anda inquieta,
coração acelerado;
olhos insatisfeitos cerram pálpebras,
corpo se agita,
cabeça arrebenta.
Órgãos se ajeitam, remexem
no meu mal estar mulher.
Vai-se o verão.
O amor que atravessou a primavera e o estilo,
espera, impaciente, o outono.
É lindo de se ver as estações através do amor.