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RIO - O ministro da Cultura, Marcelo Calero, indicou o secretário de Cultura do estado de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo, para ser o novo presidente do Instituto Brasileiro de Museus, o Ibram, responsável pela gestão direta de 30 museus federais. A notícia foi antecipada pelo colunista do GLOBO Ancelmo Gois. Araújo vai susbtituir a partir de jullho Carlos Roberto Ferreira Brandão, no cargo desde janeiro de 2015 e exonerado nesta segunda-feira, dia 20.

Araújo é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, e especialista em museologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, além de doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Antes de assumir a secretaria de Cultura de SP, ele foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo por dez anos (de 2002 a abril de 2012), numa gestão elogiado por profissionais do setor. Também foi diretor do Museu Lasar Segall, em São Paulo (de 1997 a 2001), instituição ligada ao Ibram.

Em nota oficial divulgada há pouco, a Secretaria de Cultura pontua fatos de sua gestão, como a inauguração da Biblioteca Parque Villa-Lobos e a reiniauguração dos museus da Imigração e Casa de Portinari. Na nota, ele declara:

"São Paulo é de longe o estado que mais investe em cultura no país e a experiência de gerenciar essa infraestrutura foi um marco em minha vida profisisonal."

Como secretário de Cultura de São Paulo, Araújo tornou-se conhecido por falar pouco - vai a eventos, mas não costuma responder a perguntas de jornalistas. Há exceções, como o incêndio do Museu da Língua Portuguesa, em dezembro de 2015, um choque para a população. Araújo foi ao local para acompanhar o trabalho dos bombeiros.

Ele também integrou o grupo de 13 conselheiros da sociedade civil instituído pelo Ibram, em março de 2014, para avaliar obras de arte brasileiras que deveriam ser monitoradas pelo órgão. Isso se seguiu à publicação no Diário Oficial da União, em outubro do ano anterior, do decreto 8.124, que dizia que o Ibram poderia declarar de interesse público obras pertencentes a museus ou coleções privadas. Os proprietários de obras que se encaixassem nesse critério não poderiam restaurá-las ou ou vendê-las sem a autorização do instituto. Na ocasião, o decreto causou comoção entre colecionadores e galeristas.

Seu antecessor no cargo, Carlos Roberto Ferreira Brandão, deve assumir o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de São Paulo, da Universidade de São Paulo, à qual é ligado (antes de assumir o Ibram, foi diretor do Museu de Zoologia da universidade).