Ao menos 1.300 objetos de valor cultural artístico ou históricos roubados são procurados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional). Entre as peças estão os quadros de Claude Monet, Salvador Dalí, Pablo Picasso e Henri Matisse roubados do museu Chácara do Céu, no Rio, no último dia 24.

 

A maior parte da lista reúne objetos de arte sacra, pertencentes a várias igrejas espalhadas pelo país e outros artigos semelhantes às peças roubadas no Museu da Cidade no dia 6. Todos os bens culturais eram tombados.

 

Na ocasião, dois homens armados levaram uma bengala com detalhes em ouro; um sabre em marfim, metal dourado e prata; uma espada em prata e metal dourado; um florete em madrepérola, prata e metal dourado; uma amassadeira em madeira e prata; uma colher de pedreiro em prata; um martelo em prata; uma insígnia da Ordem de Cristo; uma insígnia da Ordem da Roda; um leque em marfim e papel e uma miniatura do sabre de Duque de Caxias em prata.

 

Para o diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Iphan, José do Nascimento, esses roubos não são comuns, apesar da grande quantidade de objetos levados. "Aconteceu um surto destes crimes. Isso mostra que o acervo artístico nacional entrou circuito de roubos", afirma Nascimento.

 

De acordo com o Iphan, todos os objetos procurados foram furtados ou roubados. "O tráfico de arte é um mercado grande. Quem realiza estas ações é gente muito organizada", avalia Nascimento. No site do Iphan é possível consultar a lista dos objetos desaparecidos.

 

Investigações

 

A Polícia Federal ainda não tem pistas do paradeiro dos quadros roubados no Chácara do Céu. Depois do crime, molduras dos quadros foram encontradas e a obra "Jardim de Luxemburgo" (1903), de Matisse, chegou a ser oferecido em leilão em um site bielo-russo. A página ficou no ar por quatro horas.