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Pertencia a uma família de origem italiana e, bem jovem demonstrou pendores para a pintura e o desenho.

Após organizar uma exposição de seus primeiros quadros em Belo Horizonte, viajou à Europa durante o primeiro grande conflito mundial para melhor aprimorar-se nas artes.

Fixou-se em Florença onde estudou com Galileo Chini. Com esse conhecido mestre aprendeu e adquiriu especial pendor para as artes decorativas.

Em seguida, retorna ao Brasil e trava conhecimento e amizade com vários intelectuais e artistas tais como Ronald de Carvalho, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e através deles, com Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.

Sob influência desses amigos, em 1922, participa da Semana de Arte Moderna. Essa Semana não traduz o início das manifestações de arte moderna no Brasil. Podemos dividir essas manifestações como anteriores e posteriores à Semana. A principal delas foi a exposição de Anita Malfatti, realizada em São Paulo em 1917. A mostra gerou grande polêmica e opiniões pró e contra principalmente partidas de Monteiro Lobato de um lado, e de Oswald de Andrade de outro.

De qualquer forma, o movimento estava instalado em São Paulo e culminaria na organização de três festivais, a 13, 15 e 17 de fevereiro do ano de 1922, durante os quais realizaram-se conferências, foram lidos poemas e trechos em prosa, foram executadas peças de música clássica e no saguão do Teatro Municipal de São Paulo, onde tiveram lugar esses festivais, foram expostos desenhos, pinturas e obras de arquitetura. A esse movimento deu-se o nome de Semana de Arte Moderna de 1922. Não se tratava de um movimento revolucionário com a intenção de quebrar os padrões então vigentes. A Semana, na realidade, nasceu sob o patrocínio de conhecidos nomes da alta burguesia paulistana e tinha por finalidade a renovação do ambiente artístico e cultural e sacudir a cidade do marasmo em que vivia. Vinda do Rio de Janeiro, dela participou Zina Aita como artista plástica.Zina Aita, pintora que se dedicava de preferência à cerâmica, apresentou na Semana telas de sabor neo-impressionista, pontilismo de impressão que lembrava vagamente o mondo de Henri Martin, artista francês naquela época muito aparecido em São Paulo.

Zina emigrou para a Itália onde pode dedicar-se à sua arte preferida, a cerâmica. Faleceu, há alguns anos, em Veneza.