São Paulo - A partir de hoje, a exposição As 100 MaravilhasImpressionismo e Referências vai dar destaque para o rico acervo do Masp, um dos mais importantes patrimônios artísticos do País que nos últimos anos perdeu um pouco de espaço para megaeventos temporários de artes plásticas.

 

A atual direção resolveu buscar na maior riqueza da instituição o caminho do equilíbrio e selecionou uma centena de obras-primas para a mostra. A seleção é ampla e contempla de maneira genérica os primórdios e evoluções do que se costuma chamar de Escola de Paris. Além da reunião de mestres como Ticiano, Velázquez e Goya, dos mestres impressionistas (Monet, Degas, Renoir...), também estão presentes aqueles que posteriormente dialogaram com os efeitos óticos da vibração da cor e da luz, mesmo que construindo novos caminhos, como Matisse, Van Gogh e até Cézanne.

 

"Com a temática do impressionismo e referências se pôde trazer a público obras nunca expostas no mesmo conjunto, e, algumas, até, raramente vistas", afirma o marchand Renato Magalhães Gouvêa, que fez o trabalho de seleção e conceituação das obras para a exposição. A curadoria é de Luiz Hossaka e da equipe do museu. Segundo Gouvêa, "nada de importante do Impressionismo ficou de fora". A não ser algumas obras cedidas no momento para exposições internacionais.

 

Além das obras-primas selecionadas, também voltaram à ativa os célebres cavaletes de vidro criados por Lina Bo Bardi para o museu, mesmo que de maneira um tanto deturpada. O uso do equipamento, tombado pelo Iphan, é um dos pontos de atrito da presidência atual com a comunidade artística e intelectual.

 

As 100 Maravilhas - Impressionismo e Referências - Masp. Avenida Paulista, 1.578, 251-5644. Das 11 horas às 18 horas (fecha segunda). R$ 10. Até 30/12. Abre hoje, às 17 horas, para convidados.

 

Maria Hirszman