Obra do artista plástico Luiz d’Orey, de 22 anos - Divulgação
Morando há quatro anos em Manhattam, Luiz d’Orey começou a coletar pôsteres em tapumes.
RIO - Nova York registrou em 2015 o maior número de permissões para construção de edifícios. O dado pode passar despercebido por muitos que circulam na cidade de ritmo frenético. Para o jovem artista plástico Luiz d’Orey, de 22 anos, foi inspiração. Morando há quatro anos em Manhattam, ele começou a coletar pôsteres dos tapumes que cercam os canteiros de obras. Os papéis são usados em colagens que retratam os prédios que estão em construção:
— O tapume tem a função de organizar, proteger os pedestres da obra atrás dele. Mas sobre ele há a desordem, anúncios colados de forma clandestina. A ideia é colidir esses espaços na mesma imagem.
Recém-formado pela School of Visual Arts, ele é assistente de Raul Mourão em Nova York e de Carlos Vergara no Rio, onde nasceu. Em setembro, estará na ArtRio, no estande da Galeria Mercedes Viegas. E em dezembro, participa da Feira Pulse Miami.
— O pouco medo que ele tem com o trabalho é muito legal. Ele entende as sutilezas da pintura e se satisfaz com a profissão de artista. Ele tem apenas 22 anos e está correndo o risco de enfrentar o público — destaca Vergara.
Luiz d’Orey com uma de suas criações - Divulgação