O Conselho Deliberativo da Fundação Bienal de São Paulo excluiu de sua composição o ex-banqueiro e ex-mecenas Edemar Cid Ferreira. A decisão foi tomada em reunião feita na noite desta terça-feira, no Parque do Ibirapuera. Cid Ferreira está preso desde 26 de maio na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, sob a acusação de gestão fraudulenta e formação de quadrilha no Banco Santos.

 

Na reunião, em mais de 30 conselheiros votaram (o conselho é composto por 60 pessoas), apenas o editor Pedro Paulo Senna Madureira votou a favor da permanência do ex-banqueiro. Também foram registradas duas abstenções, dos conselheiros Julio Landmann e Arnold Wald Filho.

 

A decisão muda o cenário da reunião feita em junho, em que o conselho votou em peso pela permanência de Cid Ferreira. Na votação de ontem, o presidente da instituição, Manoel Pires da Costa, classificou a presença do ex-banqueiro no cargo de conselheiro como desconfortável.

 

Motivo de protesto de alguns artistas, a presença de Cid Ferreira já havia alterado a programação da 27.ª Bienal de São Paulo, que começa em outubro. O artista plástico Cildo Meirelles, que saiu da agenda, já declarou que pode repensar sua decisão